Mês: <span>dezembro 2019</span>

Como tornar-se um modelo de maturidade emocional para o parceiro e os filhos

Como tornar-se um modelo de maturidade emocional
Quando você melhora a conexão com o corpo e as emoções, torna-se um exemplo de integridade e equilíbrio

A forma mais eficiente de influenciar o parceiro e os filhos é tornando-se um modelo de autoestima e maturidade emocional. Quando você melhora a conexão com o corpo e as emoções, torna-se um exemplo de integridade e equilíbrio. Como o que vemos tende a afetar muito mais do que o que ouvimos, a maneira como se trata tem o potencial de afetar, também, o relacionamento de seus filhos e parceiro consigo próprios, bem como os que mantêm com você. Para tornar-se um arquétipo mais saudável, elencam-se quatro simples maneiras de como tornar-se um modelo de maturidade emocional:

Torne-se emocionalmente congruente

Devido a sua intolerância emocional, os indivíduos emocionalmente imaturos precisam reprimir e negar as emoções. Para dar um exemplo de integridade e promover o bem-estar de seus entes queridos, permita-se ser o que sente, já que negar a tristeza ou forçar-se a sorrir, por exemplo, são comportamentos que perpetuam a vergonha e a negligência emocional. Ao contrário do que é defendido pelo senso comum, reprimir a raiva, a tristeza e o medo, ou fingir que não existem não ajuda a nos sentirmos melhor, mas rouba o nosso poder de processá-los de maneira saudável e nos conectarmos com as outras pessoas através da vulnerabilidade. Sentir-se de um jeito e comportar-se do outro passa uma mensagem de inconsistência e autodesprezo, como se os nossos verdadeiros sentimentos fossem inaceitáveis ​​e devessem ser rejeitados.

Fale conscientemente sobre os sentimentos

O simples exercício de dar um nome ao que sentimos ajuda o equilíbrio emocional. Dizer ao parceiro ou filhos “Quando você ____ (comportamento), eu me sinto ____ (sentimentos/emoções)” permite que expresse como se sente e lide com um problema sem parecer agressivo, isto pode ajudar a evitar discussões prologadas e improdutivas. Perceber a ansiedade do parceiro ou dos filhos, por exemplo, e fazer perguntas tais como, “Você parece ansioso, há algo o incomodando?” pode ajudá-los a conectarem-se com os sentimentos e sentirem-se à vontade em compartilhá-los com você. Ao iniciar essas conversas, lembre-se de agir de maneira não julgadora, dar-lhes total atenção e ouvir o que têm a dizer.

Tolere as emoções negativas

A maturidade emocional está intrinsecamente associada à autoaceitação e intimidade. Se tem o hábito de rejeitar as emoções negativas, torna-se impossível aceitar-se e ter um relacionamento íntimo e gratificante com alguém (inclusive consigo próprio). Quando reprime as emoções, seja em si ou nos outros, você negligencia e aliena, pois todas as emoções fazem parte de quem somos e merecem ser honradas. Vale lembrar que as emoções também existem sem um significado aparente, já que ocorrerem livremente é de sua natureza, portanto, resista à tentação de racionalizá-las, aprenda a tolerar o desconforto e permita a sua existência.

Dê apoio emocional

O apoio emocional não é um exercício de solução de problemas. Quando se concentra em uma solução para o que considera como o “problema” (isto é, uma emoção negativa), perde a conexão com a emoção. Logo, no momento que perceber que o parceiro ou os filhos sentem-se afetados pelas emoções negativas, demonstre uma atitude curiosa e receptiva. Resista à inclinação antagônica de dizer que estão bem ou envergonhá-los por sentirem a raiva ou encontrarem-se em um estado de irritabilidade e valide abertamente o que sentem. Para demonstrar a empatia, reflita as suas emoções como se fosse um espelho, fazendo declarações simples com palavras que as descrevem, tais como “Você me parece zangado ou “É normal sentir-se triste“.

Todas as dicas mencionadas exigem coragem e paciência e dependem da sua capacidade de tolerar o desconforto emocional. Para conseguir reproduzir na prática o que leu aqui, não desista nem retorne a antigos hábitos quando se sentir estranho ou inautêntico, mas confie que esses sentimentos mudarão com o tempo. A liberdade e a tolerância emocional são bastante viciantes e, após conseguir introduzi-las na própria vida e começar a desfrutar dos benefícios nas suas saúdes física, emocional e relacional, indagará por que não mudou a atitude antes.