Blog

Artigos para melhorar a sua qualidade de vida

O que vivenciei ao meditar por três horas ao dia durante quatro semanas

Quando comecei a meditar em 2015, não foi fácil incorporar uma prática regular à minha rotina diária. A perseverança produziu resultados, no entanto, após longos meses de dedicação, o ato de meditar por 40 minutos, todos os dias, tornou-se essencial para o meu bem-estar. Já se passaram sete anos desde a minha primeira tentativa, e, neste período, aprendi muito sobre mim mesma através da experimentação com diferentes tipos de meditação. Descobri que as longas sessões – as que excedem os 90 minutos – pareciam afetar o pensamento, as emoções e o comportamento de maneira nunca vivenciada por mim antes. Isso despertou a minha curiosidade. O que aconteceria se eu começasse a meditar por longas horas todos os dias? A seguir, relato o que vivenciei ao meditar por três horas ao dia durante quatro semanas:

O que vivenciei ao meditar por três horas ao dia durante quatro semanas
O que aconteceria se tentasse meditar por 3 horas, todos os dias?

Menos reatividade: a mediação por longas horas permitiu-me vivenciar a serenidade de forma natural, já que as emoções negativas vêm e vão em ondas curtas. Como a intensidade destas diminuiu, tornaram-se, também, mais toleráveis.

Menos pensamentos negativos: há um momento durante uma longa sessão de meditação em que a minha mente fica completamente quieta, quando os pensamentos sobre o futuro e as reavaliações de eventos passados ​​são substituídos por uma sensação de presença no corpo e na mente e de união entre os dois. Às vezes, também sinto essa sensação de unidade com o meio externo. Após o seu término e no período entre as práticas, os pensamentos negativos parecem continuar a perder a força, ocorrendo com menos frequência e perdendo a sua relevância.

Melhor concentração: devido à diminuição da reatividade emocional e ao distanciamento emocional, o meu cérebro parece menos rígido e mais plástico, como se a meditação nutrisse um fluxo de um estado cognitivo. Parece que consigo acessar, analisar, processar e organizar o conhecimento com maior rapidez e facilidade.

Mais paciência: viver uma vida num ritmo lento faz todo o sentido ao praticar-se meditação por longas horas. Consigo conectar-me com o ambiente como se o piloto automático tivesse sido desligado, dirijo mais devagar e tenho prazer de observar o que está ao meu redor sem me sentir inquieta. Além disso, tiro mais tempo para ouvir os outros sem a necessidade ardente de dizer algo.

Dormir melhor: para quem batalhou com a insônia durante a maior parte da vida, sou grata aos hábitos saudáveis ​​que favorecem o sono. A prática de meditação de três horas por dia não curou a minha insônia, embora a tenha melhorado consideravelmente, pois não tenho mais reações negativas fortes ao acordar no meio da noite, pois, volto logo a dormir.

Mais autoconfiança: ter menos pensamentos negativos e mais desapego das emoções negativas permitiu-me ver as coisas com mais clareza, abordar a vida com mais calma e equilíbrio e, desta forma, sentir-me inteligente, desperta, tranquila, tolerante e madura.

Desapego dos bens materiais: não sinto necessidade de comprar o que não necessito.

Preocupar-se com “perder tempo”: embora tenha desfrutado disto, a minha crítica interna ainda me incomoda acerca da minha prática de meditação de três horas. Quanto mais me dedico a ela, e aprecio os seus benefícios, menos me importo com os comentários afetados dela.

Embora não tenha ciência se conseguirei manter essa prática ou se se tornará um hábito, os efeitos de meditar por três horas ao dia durante quatro semanas foram, indubitavelmente, positivos.

Comments for this post are closed.