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Quais são os efeitos do trauma psicológico/emocional?

efeitos do trauma psicológico/emocional
Os efeitos do trauma psicológico/emocional podem estar lhe causando dor e angústia prolongadas

Um evento traumático é uma experiência adversa que supera a capacidade do indivíduo de lidar e integrar as memórias e emoções conectadas a este. O trauma psicológico/emocional é causado por um dano que, embora não seja de natureza física, afeta gravemente o bem-estar emocional e psicológico do indivíduo. Alguns dos comportamentos disfuncionais mais comuns e característicos dos relacionamentos abusivos consiste em fazer com que o outro se sinta inútil, culpar alguém por seus erros ou deficiências, recusar-se a reconhecer ou aceitar os sentimentos da outra pessoa, exibir casos extremos de humor, ser exageradamente crítico ou depreciar, humilhar, intimidar, ser verbalmente abusivo e usar o “tratamento do silêncio” com outra pessoa, entre outros.

Apesar de ser o tipo mais comum de trauma, o trauma psicológico/emocional é o menos falado, compreendido e reconhecido pelo público em geral, bem como pela comunidade psiquiátrica. Devido a sua natureza penetrante, é vital que exploremos o impacto que o trauma psicológico/emocional exerce sobre os nossos corpos, cérebros e emoções – honesta e abertamente. Se você acredita ter sido psicológica e emocionalmente traumatizado por um pai, mãe, parente ou parceiro amoroso abusivo, ou qualquer outra pessoa de relevância na sua vida, veja a seguir os efeitos do trauma psicológico/emocional que podem estar lhe causando dor e angústia prolongadas:

Emocional

  • Sentimentos de intensa tristeza/depressão: falta de entusiasmo pela vida, incapacidade de se sentir feliz e contente, incapacidade de desfrutar os pequenos prazeres da vida, sentir que você não pertence a lugar nenhum ou inabilidade de se conectar com a vida, viver apenas em “piloto automático”, para cumprir seus “deveres” ou com as expectativas dos outros;
  • Desesperança: sentir-se fraco, impotente, incompetente, incapaz de ser amado;
  • Culpa, vergonha e ansiedade;
  • Sentir ódio de si mesmo, acreditar que tudo é culpa sua;
  • Sentir-se como uma pessoa ruim ou fragmentada;
  • Vulnerabilidade;
  • Ataques de pânico;
  • Problemas de intimidade: ter dificuldade de amar e aceitar a si mesmo, esconder ou sentir-se envergonhado de suas fraquezas/vulnerabilidades, reprimir emoções negativas, recusar-se a compartilhar o/a verdadeiro/a você com outra pessoa;
  • Medo;
  • Sentir-se fora do controle;
  • Raiva;
  • Dificuldade de confiar nos outros;
  • Sentir-se desconectado ou distanciado das outras pessoas.

Comportamental

  • Autoagressão: cortar-se, arranhar-se, beliscar-se, queimar-se, bater-se;
  • Comportamentos compulsivos e obsessivos: medo de ser contaminado por germes, de perder o controle e causar dano aos outros, de pensamentos e imagens intrusivas, de perder e esquecer as coisas, acumular lixo ou quinquilharias, verificar aparelhos e interruptores várias vezes antes de sair de casa, ter de manter tudo organizado de certa forma, passar tempo excessivo lavando ou limpando, contar ou repetir certas palavras para reduzir a ansiedade;
  • Vícios: abuso de substâncias, álcool, jogo, consumo desenfreado de mercadorias;
  • Comportamentos autodestrutivos e autossabotadores: comportar-se de forma imprudente e irresponsável, automedicar-se com comida, álcool ou drogas para “lidar” com emoções negativas, procrastinar, dificuldade de cumprir metas de longo prazo e manter-se concentrado;
  • Isolamento social: recusar a responder, iniciar ou manter contato social;
  • Dificuldade parental;
  • Dificuldades de relacionamento: escolher as pessoas erradas como amigos ou parceiros amorosos, identificar-se com estilos de relacionamentos caóticos, disfuncionais e dramáticos;
  • Raiva reprimida: sentir uma raiva intensa em relação a alguém ou a uma situação que não diminui com o tempo;
  • Distúrbios do sono: dificuldade de pegar no sono, acordar muito cedo ou no meio da noite.

Cognitivo

  • Dificuldade de lembrar as memórias traumáticas;
  • Perder a noção do tempo;
  • Dificuldade de tomar decisões;
  • Falta de concentração;
  • Memórias e pensamentos intrusivos;
  • Pensamentos de suicídio;
  • Reflexo de susto exagerado;
  • Percepção tendenciosa: exibir uma forte tendência para interpretar feições, comportamentos e situações como negativas, ameaçadoras ou assustadoras.

Os efeitos do trauma psicológico/emocional são potencialmente tão prejudiciais ao nosso bem-estar geral como os do trauma físico. As vítimas/sobreviventes deste tipo de trauma tendem a se sentir isoladas e incompreendidas em sua dor e podem passar meses, senão anos de sofrimento, antes de encontrarem o caminho correto para a cura emocional. Se você se identifica com qualquer um dos itens listados e acredita estar pronto para implementar mudanças positivas em sua vida, recomendo a leitura do meu segundo livro, Filhas de Mães Narcisistas, Conhecimento Cura. No Conhecimento Cura…, exploro os problemas de comportamento e saúde mental tipicamente enfrentados por filhas de mães narcisistas e sugiro maneiras saudáveis de como superá-los. Para aprofundar-se no estudo do trauma, sugiro o meu curso online “Conceitos básicos da terapia do trauma”.

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